As inovações tecnológicas podem permitir o desenvolvimento de meios de produção mais rentáveis, no aspecto econômico, e sustentáveis, no aspecto ambiental. Atualmente já é possível afirmar que a implementação de programas de conformidade ambiental são potenciais geradores de boas oportunidades.
A necessidade de adequação e cumprimento das normas ambientais já não é novidade no mundo empresarial. Qualquer atividade potencialmente poluidora deve se sujeitar aos licenciamentos ambientais, os quais exigem, mesmo que indiretamente, um efetivo programa de gestão ambiental.
Visto por muitos anos como geradores de despesas, os departamentos de gestão ambiental vêm mudando este cenário de forma rápida. Num primeiro momento, evidenciaram que o monitoramento dos aspectos e impactos ambientais da atividade possibilita prevenir passivos ambientais, bem como os prejuízos deles decorrentes. Assim, fica minimizado o risco de ver o lucro de um empreendimento totalmente consumido para remediações de danos ambientais dele decorrentes, garantindo-se mais segurança aos investidores e, o fundamental, promovendo-se desenvolvimento sustentável.
Num segundo momento, mais atual, por vezes os gestores ambientais, na busca por tecnologias e matéria prima mais limpas, acabam por interferir diretamente nos processos produtivos, promovendo modificações que, não raro, aumentam a lucratividade da atividade.
A atividade do gestor ambiental, atualmente, vai muito além do cumprimento das leis. Sua estreita ligação com novas tecnologias, atividades de pesquisa e desenvolvimento, permitem acesso e conhecimento a novos procedimentos, por vezes mais interessantes, tanto no aspecto econômico, quanto no aspecto ambiental. Existe inclusive uma aproximação relevante deste setor com áreas de novas tecnologias dentro das empresas.
“Há tempos o custo da gestão ambiental deixou de ser visto como despesa, passando a ser considerado investimento”, observa Carolina Mizuta, advogada da equipe de Direito Ambiental do NLZ. “As práticas de compliance ambiental podem, portanto, prevenir multas ambientais, infrações, processos administrativos e judiciais, evitar prejuízos, facilitar os trâmites de auditorias, melhorar a imagem da empresa, melhorar lucratividade. De quebra, ainda ajudam a preservar o planeta para futuras gerações.” – finaliza Mizuta.